Os aprendizados de uma mulher que quase perdeu tudo

O que Elizabeth Edwards tem: “Muita experiência em me levantar depois de ter sido derrubada.” Isso e a capacidade de contar seus aprendizados.

Redação | 17 de Junho de 2019 às 17:00

Giulio Fornasar/Istock -

Ex-advogada, quatro filhos, mulher de John Edwards, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos. Elizabeth Edwards sofreu muito com a morte do filho Wade, de 16 anos, com a recidiva do câncer de mama e, posteriormente, com as revelações públicas do caso secreto do marido durante a campanha eleitoral.

Ela mesma admite que não sabe como evitar as adversidades. “Se eu tivesse esse talento especial de perceber as armadilhas da vida, poderia evitá-las e espalhar para todo mundo como consegui fazer isso”, escreve ela em suas memórias, Resilience: Reflections on the Burdens and Gifts of Facing Life’s Adversities (Resiliência: reflexões sobre o fardo e a dádiva de enfrentar as adversidades da vida).

O que Elizabeth Edwards tem: “Muita experiência em me levantar depois de ter sido derrubada.” Isso e a impávida capacidade de contar, de fato, como se sentiu e transmitir seus aprendizados.

Algumas das suas regras na vida:

1. A adversidade está por toda parte, assim como exemplos de pessoas que levam uma vida significativa com o que têm à mão

“Aprendi isso com meu pai [Vincent Anania, capitão da Marinha, que morreu em 2008]. Ele nunca deixou de aproveitar ao máximo o que tinha enquanto a sua vida se reduzia a quase nada. Mesmo quando eu sabia que ele estava nas últimas, erguia o polegar para mim. Foi uma grande lição de vida. Converso com muita gente que tem câncer de mama e se deprime com o prognóstico. E digo o seguinte: ‘A morte decidirá quando a morte física vai chegar. Você é quem decide começar a morrer antes.’ Vejo tanta gente que faz isso… Simplesmente, desiste. Alimente a esperança o máximo que puder.”

Câncer de mama: a história verídica de Carolyn

2. A vida é assim; sinta-a por inteiro

“Logo depois que Wade morreu, eu disse a uma amiga: ‘Pelo menos, passei 16 anos com ele.’ Imediatamente, pensei: Que coisa estúpida de se dizer. Nunca será suficiente, nem para ele, nem para mim. Mas a verdade é que passei 16 anos com ele. E o dia em que [não conseguir ver] o valor de haver passado 16 anos com aquele menino será o dia em que terei aparado as bordas da minha vida e a limitado a um miolo sem sentimentos. E nesse miolo eu não quero viver.”

3. Quando lhe oferecerem consolo, aceite

“Conheci um homem que perdeu o irmão e nos deu um ótimo conselho: ‘Muita gente diz a coisa errada. A gente só precisa lembrar que queriam dizer a coisa certa.’ Assim, podemos ser muito mais generosos.”

Como ser feliz em tempos difíceis