APLV: entenda o que é a alergia à proteína do leite de vaca

A APLV, alergia à proteína do leite de vaca, é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que pode desaparecer com o tempo. Saiba mais!

Thaynara Firmiano | 16 de Março de 2021 às 16:00

stefanamer/iStock -

A APLV, alergia à proteína do leite de vaca, é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que pode desaparecer com o tempo. É importante observar a reação da criança ou bebê ao consumo do leite e/ou derivados, pois os sintomas podem aparecer de imediato. 


Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.


O que é APLV?

APLV é a sigla usada para identificar a alergia à proteína do leite de vaca. Essa alergia é uma doença comum entre bebês e crianças, mas que também pode aparecer em adultos.

Os primeiros sintomas da APLV aparecem na infância e tendem a desaparecer com o tempo. Geralmente, por volta dos 4 anos, a criança deixa de apresentar os sintomas da alergia. 

Leia também: 7 dicas para evitar alergias no seu filho desde a gravidez

Ao primeiro sinal de alergia à proteína do leite de vaca é necessário levar a criança a um pediatra para que o diagnóstico seja feito de forma correta. Os sintomas da APLV podem ser leves ou até mais graves. Por isso, não deixe de buscar acompanhamento médico ao primeiro sinal. 

Qual é a diferença entre intolerância à lactose e a alergia à proteína do leite de vaca (APLV)?

A Alergia à Proteína do Leite de Vaca é uma reação do sistema imunológico à qualquer quantidade das proteínas do leite. Essa alergia pode apresentar sintomas cutâneos, gastrointestinais, orais, cardiovasculares, respiratórios, neurológicos e sistêmicos. Sendo assim, ingerir qualquer quantidade dessas proteínas pode desencadear os sintomas. Por isso, quem tem APLV precisa seguir uma dieta completamente isenta de leite, derivados e demais alimentos preparados com esses ingredientes.

Há uma diferença entre a intolerância à lactose e a APLV. (Imagem: a_namenko/iStock)

Já a intolerância à lactose ocorre pela ausência ou diminuição de lactase, uma enzima que é responsável pela digestão da lactose. Essa intolerância não é comum em crianças, sendo mais vista entre adultos e idosos. Os sintomas consistem em diarréias, flatulências, cólicas e distensão abdominal. Não há sintomas cutâneos ou respiratórios.

Quais são os sintomas da APLV?

Os sintomas da APLV podem aparecer de imediato ou de forma tardia. Por isso, é importante estar sempre atento à alimentação e reações do bebê e criança. Confira abaixo uma lista dos sintomas comuns da APLV:

Como é feito o diagnóstico?

A primeira coisa a ser feita é se atentar aos sintomas da doença. Isso porque não existe um único exame que possa diagnosticar ou descartar a APLV. O diagnóstico é feito através de exames e acompanhamento da reação da criança à dieta com zero leite e derivados. 

No acompanhamento médico podem ser feitos alguns exames de sangue e testes de pele. Mesmo que os exames apresentem resultados negativos, a hipótese de APLV não é descartada, visto que, em alguns casos, as alergias não se apresentam nesses testes. Por isso é importante seguir corretamente as instruções médicas, que podem envolver a dieta com corte total do leite e seus derivados e em um certo ponto, a estimulação com leite para identificar se houve mudança na reação ou não. 

Qual é o tratamento da APLV?

O principal tratamento comprovadamente eficaz da APLV é a dieta com zero leite e derivados por cerca de 6 a 12 meses. No entanto, caso a dieta não seja cumprida à risca, a criança pode postergar com a alergia por muito mais tempo do que o comum.

Há um outro tratamento em estudo: o de dessensibilização. Mas ele é indicado apenas para crianças com reações mediadas e há poucos poucos médicos qualificados para realizar esse procedimento.

É importante que as mães que estão amamentando também evitem alimentos derivados do leite. (Imagem: SeventyFour/iStock)

Alguns alimentos como bolos, biscoitos, vitaminas, pudins, iogurtes, manteigas e margarinas, pizzas e algumas sobremesas estão totalmente fora da dieta da criança. Em casos onde a criança ou bebê se alimenta parcial ou exclusivamente do leite materno, a mãe precisa seguir essa dieta também. A proteína do leite de vaca pode passar para o bebê e criança através da amamentação e com isso desencadear crises alérgicas. 

Outro ponto importante é que alguns utensílios domésticos precisam ser separados, para que não haja contaminação com a proteína do leite. Esponjas de lavar louças, ou potes de plástico precisam ser separados para quem está na dieta, isso porque esses utensílios possuem maior chance de absorção. Vidros e metais podem ser apenas bem higienizados para uso comum.