Promoções da Semana do Brasil viram isca para golpes em redes sociais

Criminosos estão utilizando a Semana do Brasil como isca para aplicar golpes em redes sociais. De acordo com a empresa especialista em cibersegurança,

Ana Marques | 4 de Setembro de 2020 às 10:00

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Criminosos estão utilizando a Semana do Brasil como isca para aplicar golpes em redes sociais. De acordo com a empresa especialista em cibersegurança, Kaspersky, as vítimas são atraídas por falsas promoções e podem acabar inserindo dados privados em sites maliciosos.

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Um dos golpes identificado no Facebook aparecia em forma de post patrocinado no Facebook. Utilizando enganosamente a marca de uma grande varejista, os criminosos ofereciam uma TV 4K por uma promoção “imperdível” de R$ 600. Veja a seguir:

Ao clicar no link, os usuários eram levados a uma página de phishing. Para fechar a compra, as vítimas entregam dados privados, como CPF e credenciais bancárias, que vão parar nas mãos de terceiros e podem ser utilizados para aplicação de golpes.

De acordo com Claudio Martinelli, diretor-geral da Kaspersky na América Latina, “O cibercrime brasileiro está sempre atento a datas especiais para lançar os seus ataques. Então, é importante que o usuário tenha consciência de que nem tudo que é oferecido na internet – mesmo em redes sociais confiáveis, como o Facebook – é verdadeiro”.

Como identificar golpes em redes sociais

Na imagem do anúncio falso, por exemplo, é possível notar alguns sinais de que a ação é, na verdade, um golpe. A primeira delas é a oferta que parece absurda demais para ser verdadeira – e é.

Sempre desconfie de anúncios que prometem descontos altos demais em produtos na Internet. Pesquise preços e veja se há lógica dos valores oferecidos.

Além disso, fique atento aos elementos dos anúncios: onde está escrito “Smart TV”, ao lado da foto da marca, deveria estar na verdade o nome da loja.

O site que aparece embaixo da foto da TV também indica que o anúncio é uma fraude. Além de não conter o domínio oficial da varejista, ele começa com “HTTP”, em vez de “HTTPS”, demonstrando que não tem certificação de segurança.

Ao perceber esse tipo de ação, denuncie e não compartilhe com amigos e familiares.

(Imagem: drogatnev/iStock)

O executivo da Kaspersky alerta ainda para redobrar a atenção com boletos, já que este método de pagamento, ao contrário dos cartões de crédito, não permite estorno em caso de fraude.

Um relatório publicado pela empresa de segurança no último mês aponta para os brasileiros como um dos principais alvos de phishing no mundo. Por aqui, um a cada oito usuários de internet acessaram links maliciosos entre abril e junho de 2020, o que corresponde a 13% – a média mundial está em 8,26%.

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