Quais são os efeitos colaterais mais comuns das vacinas contra a Covid-19?

Entenda mais sobre os efeitos adversos e a eficácia das vacinas contra a Covid-19 utilizadas no Plano Nacional de Imunização.

Rebecca Henze | 25 de Junho de 2021 às 12:08

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Com a imunização cada vez mais avançada no Brasil, uma questão que toma relevância é a possibilidade de efeitos colaterais pela vacina contra a COVID-19. Além de causar medo nos futuros imunizados, um agravante que preocupa as autoridades é a vontade de escolher laboratórios de vacina por parte da população. Tal questão leva à sobra de vacinas nos postos e menos pessoas imunizadas diariamente.

Antes de listar os efeitos que cada uma costuma apresentar, é importante reafirmar a necessidade de tomar os imunizantes, visto que os efeitos colaterais observados até o momento duram pouco tempo, e especialistas afirmam que os benefícios da vacina compensam esse curto período de indisposição.

Abaixo, vamos listar as vacinas que estão ou podem entrar em circulação no Brasil nos próximos meses. Aprenda o que fazer em cada situação, mas lembre-se de que a imunização coletiva é muito importante, independentemente do imunizante utilizado.

A eficácia das vacinas se sobrepõe aos efeitos adversos e passageiros causados pelos imunizantes. (Imagem: Edson Souza/iStock)

CoronaVac

Quais são as reações mais comuns?

Pode apresentar também, mas não são tão comuns:

Qual a eficácia?

O Instituto Butantan confirmou 50,38% de eficácia geral para a vacina. Porém, 78% de prevenção para casos leves e 100% para casos graves. Isso significa que a chance de pegar a doença é reduzida em 50%, e caso a contraia, não há chances de a pessoa desenvolver casos mais graves dela.

AstraZeneca

O imunizante britânico está no topo da lista de relatos dos brasileiros quando se trata de reações nos primeiros dias após a vacina. Inclusive, alguns grupos específicos, como grávidas, foram contraindicados a tomar esse imunizante.

É indicado procurar um médico apenas caso os sintomas passem de quatro dias de duração, e é liberado tomar remédios, de preferência, dipirona ou paracetamol.

Quais são as reações mais comuns?

Qual a eficácia?

Foi apresentada pela Oxford uma eficácia de, em média, 70% após a aplicação da 2ª dose do imunizante.

Pfizer

Este imunizante ainda não tem circulação tão grande no Brasil, e as queixas de reações são baixas comparadas a outras vacinas.

Quais as reações mais comuns?

Qual a eficácia?

A eficácia deste imunizante é de 97% para evitar casos sintomáticos e 86% para casos assintomáticos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA é o órgão regulador que aprova o uso dos imunizantes. (Imagem: chayakorn lotongkum/iStock)

Janssen

A vacina do grupo Johnson & Johnson está prevista para chegar ao Brasil no dia 27 de julho, após alguns adiamentos, em lote menor e emergencial.

Quais são as reações mais comuns?

Qual a eficácia?

É de 66% contra os casos moderados e graves da Covid-19, 85,4% apenas contra os casos graves, e 100% de proteção contra hospitalização e morte.

Sputnik V

Quais são as reações?

As reações comuns a todas as vacinas são: dor, sensibilidade e vermelhidão no local da aplicação, além de cansaço, indisposição, dores no corpo, febre e calafrios. O site oficial da vacina da Rússia informa apenas que os ensaios clínicos da fases 1 e 2 foram concluídos e que nenhum efeito colateral imprevisto ou indesejado foi observado.

Qual a eficácia?

Apresentou eficácia de 97,6%, segundo o Instituto Gamaleya. Porém, até hoje, 24/06/2021, a ANVISA ainda não liberou totalmente a utilização da Sputnik V no Brasil. A liberação veio com condições específicas, como a quantidade disponibilizada para importação e a restrição de que a vacina só poderia ser aplicada em adultos considerados saudáveis.

Covaxin

Quais são as reações mais comuns?

A lista apresentada pelo laboratório indiano Bharat Biotech apresenta somente os sintomas mais comuns, tais como:

Qual a eficácia?

Os ensaios indicam eficácia da vacina de 78% contra Covid-19 leve e moderada. A eficácia contra Covid-19 grave foi de 100%. Porém, as condições impostas pela ANVISA para a importação emergencial dessa vacina foram as mesmas da Sputnik, mantendo todos os lotes sob avaliação constante.

É importante ressaltar sempre que a vacina é parte de um plano coletivo de imunização e que é importante tomá-la, independentemente do fabricante e possíveis reações (salvo grupos específicos).

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