O mistério por trás das cores das folhas de outono

O vermelho e o amarelo das folhas de outono encantam a todos. Descubra a razão dessas tonalidades tão características do outono!

Thaís Garcez | 16 de Maio de 2020 às 19:10

DaLiu/iStock -

As espetaculares folhas de outono na Carolina do Norte e em outras partes dos EUA são uma verdadeira atração turística. Mas o que as brilhantes cores das folhas de outono ocultam? 

Entendendo o processo

A fotossíntese, processo pelo qual as plantas captam a energia da luz solar para converter água e dióxido de carbono em açúcar, de que elas se nutrem, não se processa sem a clorofila. Como esta substância é essencial à vida vegetal, forma-se quase instantaneamente nos rebentos das plantas quando entram em contato com a luz. É um pigmento responsável pela cor verde de todas as plantas. Por que, então, as folhas das plantas decíduas, isto é, cujas folhas caem sazonalmente, ficam vermelhas e douradas no outono?

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O verde todo-poderoso

As árvores não fabricam pigmentos novos especialmente para a estação. Em suas folhas existem pigmentos alaranjados, vermelhos, amarelos, roxos, azuis e castanhos, ao longo da primavera e do verão, mas estão ocultos por uma quantidade muito maior de clorofila. Estes pigmentos menores ajudam a absorver luzes com diferentes comprimentos de onda e transferem esta energia à clorofila.

Quando os dias se tornam mais curtos e a temperatura cai, as árvores decíduas pressentem a chegada do outono e preparam-se para a desfolhagem, formando uma camada de tecido semelhante à cortiça na base de cada pedúnculo das folhas, para que nenhum alimento chegue a elas. Ao mesmo tempo, parte do açúcar criado na fotossíntese não atinge o resto da árvore.

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O esplendor da folhagem outonal varia de acordo com o solo e o clima

Estrada na Carolina do Norte. (Foto: (c) Sean Board)

O açúcar concentra-se na folha, a clorofila começa a desaparecer e o seu verde a desbotar. Os pigmentos carotenóides (laranja e vermelho), as xantófilas (amarelo) e as antocianinas (púrpura e azul) tornam-se então visíveis, dando às folhas a sua cor vibrante.

O esplendor da folhagem outonal varia de acordo com o solo e o clima. E como a folha moribunda converte  o açúcar em pigmento, quanto mais açúcar retido nas folhas, mais colorida será a copa da árvore.

O ciclo da queda das folhas encerra um enigma: os cientistas não sabem o que acontece com a clorofila. Supõem que se fragmenta em traços incolores, mas que a maior parte desaparece sem deixar rastro.