Um prédio residencial desabou, na manhã desta terça-feira (15), em Fortaleza. Segundo o Corpo de Bombeiros, até o momento duas mortes foram confirmadas.
Um prédio residencial desabou, na manhã desta terça-feira (15), em Fortaleza. Segundo o Corpo de Bombeiros, até o momento duas mortes foram confirmadas. Nove pessoas foram resgatadas com vida e outras nove estão desaparecidas.
O edifício, de sete andares, está localizado entre as ruas Tibúrcio Cavalcanti e Tomás Acioli, no bairro Dionísio Torres, zona nobre da capital cearense.
Um estabelecimento comercial ao lado também foi atingido pelos escombros, além de carros e um caminhão que estavam na rua – um homem que ficou preso no mercadinho atingido foi resgatado e encaminhado a um hospital.
As ruas no entorno foram bloqueadas pela polícia. O Corpo de Bombeiros pediu para que vizinhos deixassem seus imóveis, devido aos riscos de explosão por conta de vazamento de gás e de choque dos fios de energia elétrica.
Helicópteros foram levados para a região para deslocamento mais rápido de outros moradores feridos, assim como ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Ainda não há informação do que pode ter causado a queda do prédio, que fica a três quilômetros da praia de Iracema, um dos tradicionais pontos turísticos da capital cearense
“Vamos continuar trabalhando até que todos sejam encontrados. Estamos trabalhando manualmente, procurando pelas frestas e tentando contato com as vítimas. Maquinário pesado só entra depois das primeiras 24 horas”, disse Eduardo Holanda, comandante do Corpo de Bombeiros do Ceará.
O edifício Andrea tinha dois apartamentos por andar, 14 no total. Era antigo e grande e, segundo vizinhos, moradia de muitos idosos. No momento do desabamento, barulho e fumaça chamaram a atenção da vizinhança toda.
“A avenida aqui é muito movimentada, tem muita batida de carro. Mas o barulho era diferente. Quando vimos tinha muita fumaça e entendemos que o prédio tinha caído”, disse Edilmara Santos, que trabalha numa lavanderia próxima.
O temor inicial era de que tivesse havido uma explosão, mas não havia cheiro de gás minutos após a queda. Segundo Edilmara, em poucos minutos carros de polícia, bombeiros e motos do Samu chegaram. “Tenho clientes aqui do prédio, muito triste tudo isso.”
O edifício não tinha porteiro, apenas um zelador. Havia segurança inteligente, contratada de uma empresa. Relatos dão conta de que uma obra estrutural estava sendo feita em pilares do prédio; será investigado se é essa a causa do desabamento.
Por Marcel Rizzo – Folhapress