Aliança: símbolo de amor ou de posse?

A ideia da aliança de casamento como símbolo de amor é relativamente moderna. O anel foi originalmente encarado como um "certificado" da compra da noiva.

Redação | 19 de Julho de 2019 às 21:00

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A ideia da aliança de casamento como símbolo de amor é relativamente moderna. O anel foi originalmente encarado como um “certificado” da compra da noiva. Ou como sinal para os outros homens de que ela já não estava disponível. Era, de fato, um letreiro de “vendida”. Até a palavra inglesa wed (casar) vem do termo anglo-saxão para o penhor que ratifica uma promessa. 

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Herança hinduísta

Os antigos hindus foram os primeiros a usar alianças de casamento, e a tradição foi exportada para o Ocidente por gregos e romanos. A aliança manteve-se como aviso de “propriedade vendida” até o século IX, quando a Igreja Cristã a adotou como símbolo de fidelidade. Não admira, portanto, que se se pensasse que perder, quebrar ou retirar este símbolo tão marcante tinha consequências terríveis. Em algumas zonas da Escócia acredita-se que, se uma mulher perde a aliança, perderá também o marido. 

É um terrível presságio o anel cair na cerimônia de casamento rolando para longe do altar. Se o anel parar sobre uma pedra tumular, um dos recém-casados estaria sujeito a morte prematura. 

A escolha do dedo da aliança está também ligada a vários mitos. O quarto dedo da mão esquerda foi escolhido pelos antigos gregos e romanos, que acreditavam erroneamente que por ele passava uma veia ligada diretamente ao coração. O fato de a mulher usar a aliança geralmente (mas não em todo o mundo) na mão esquerda provém da crença de que esta era a mão fraca, simbolizando sua submissão ao homem.

Hoje, porém, o uso da aliança simboliza um pacto entre duas pessoas que se amam. Como o próprio nome já diz, uma aliança entre elas.

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