Por que há uma queda na felicidade no quarto ano de casamento?

Você tem certeza: a única maneira de fazer seu casamento dar certo é a sua. O ponto de vista do outro? Obviamente errado. Você é a parte boa do casal. A

Douglas Ferreira | 10 de Abril de 2020 às 11:00

nd3000/iStock -

Você tem certeza: a única maneira de fazer seu casamento dar certo é a sua. O ponto de vista do outro? Obviamente errado. Você é a parte boa do casal. A outra parte é ruim. E, por isso, quanto mais cedo seu cônjuge se convencer disso e passar a fazer as coisas direito, melhor para ele. Se você julgar o parceiro no casamento em termos absolutos de certo e errado, vai acabar caindo nas disputas de poder características do estágio da Rebelião, que acomete os casais lá pelo quarto ano de casado.

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Fase da Rebelião

Nessa fase frequentemente dramática, o relacionamento se parece mais com uma ópera grandiosa, repleta de fortes emoções, vulnerabilidades, discussões, segredos e ameaças de divórcio. Assim, as brigas podem estender-se por vários dias. Os dois podem deixar de se falar, para mais tarde se reconciliar em meio às chamas da paixão e, depois de uma hora, voltar a discutir por ninharias. Você tem vontade de fugir – ou de controlar o outro. No casamento, a fase da Rebelião é a mais arriscada e a que mais exige atenção. Afastar-se do cônjuge agora é tentador.

Essa é a era em que os dois ficam suscetíveis a casos sexuais, emocionais e pela Internet. Bem como a outros tipos de infidelidade: gastos secretos, horas extras de trabalho, e excesso de tempo e atenção dedicados a interesses pessoais.

O índice de divórcios dispara neste estágio. Ao acompanharem 522 casais durante dez anos, psicólogos da Wright State University encontraram uma queda significativa da felicidade no quarto ano de casamento. Com outro declínio do sétimo ao oitavo ano. A má administração do descontentamento representa um desastre: pesquisadores de centros para prevenção e controle de doenças concluíram, ao analisar estatísticas, que o primeiro casamento de 20% das 10.847 mil mulheres pesquisadas terminou em cinco anos. E essa porcentagem subiu para 33% ao fim de dez anos.

Como enfrentar esse período no casamento?

Mas não se assuste. Muitos casais atravessam tranquilamente esse estágio sem maiores dramas ou frustrações. Qual é a marca registrada desses casamentos? Uma saudável dose de empatia, amizade e respeito mútuos. Além da capacidade de perseguir os próprios interesses e paixões com a aprovação e o apoio do outro.

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Esses atributos se relacionam diretamente com a principal questão subjacente à discórdia presente no estágio da Rebelião: a ideia de que o casamento é uma prisão administrada pela mulher ou pelo marido que não age como deveria. E pior: exige de você coisas injustas, com base em um compromisso legal que exclui qualquer crescimento e prazer.

Mas não tem de ser assim. Enfrentar os desafios do estágio da Rebelião é uma tarefa que não somente esclarece essas questões como oferece outra grande recompensa: amor verdadeiro, quando se aprende a aceitar o parceiro como ele ou ela realmente é. A recompensa faz o esforço valer a pena.

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