Sepse: causas, sintomas e tratamento

A sepse, ou septicemia, é uma complicação grave que pode acontecer com qualquer pessoa que tenha uma infecção que não é tratada.

Douglas Ferreira | 13 de Setembro de 2022 às 13:30

qimono/Pixabay -

Também conhecida como septicemia e antigamente referida como infecção no sangue, a sepse é uma condição grave e generalizada, com elevada taxa de mortalidade. Trata-se de uma resposta exagerada do organismo a uma infecção que consegue se espalhar pela corrente sanguínea para todo o corpo.

13 de setembro é o Dia Mundial da Sepse, marcando uma oportunidade para que todos se unam pela conscientização e pelo combate à doença. Para se ter uma ideia, ela é responsável por cerca de 11 milhões de mortes por ano.

Quais são as causas da sepse?

O sangue nunca deve conter bactérias. Quando isso acontece, é porque houve algum dano às defesas do corpo. Por isso, a septicemia é comum nos casos de queimaduras graves, o que demonstra o papel da pele como a maior barreira à infecção.

Também ocorre quando há comprometimento de partes do sistema imune. Um tipo de leucócitos, as células responsáveis por eliminar bactérias do sangue são os fagócitos, que literalmente ingerem e matam as bactérias. Os neutrófilos são um exemplo de células que circulam no sangue com essa função.

Os fagócitos podem ser danificados por diferentes mecanismos – muitos deles induzidos por tratamentos médicos. Por exemplo, se o número de neutrófilos é muito baixo, muitas vezes por causa da quimioterapia para tratar um câncer, a sepse pode complicar o que normalmente seria uma infecção comum. Em geral, esses pacientes são orientados a prevenir infecções e buscar ajuda imediata em caso de sintomas iniciais de septicemia.

A retirada do baço também aumenta bastante o risco de sepse. Na verdade, esse risco é tão grande que os pacientes são frequentemente orientados a tomar antibióticos durante toda a vida. Isso porque o órgão produz linfócitos e outras células do sistema imunológico que atuam contra infecções, armazenando as células sanguíneas saudáveis ​​e filtrando as danificadas, além de bactérias e outros resíduos celulares.

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Quais são os sintomas?

Os sinais e sintomas de sepse consistem em febre, sudorese, pressão arterial baixa e calafrios. A doença danifica o mecanismo usado pelo corpo para manter estável a pressão arterial, cuja queda pode causar perda da consciência e insuficiência renal.

Diagnóstico e o tratamento

O diagnóstico é realizado através de um exame de hemocultura, que tem por objetivo confirmar a existência de patógenos no sangue. Assim que confirmado a proliferação de bactérias no sangue, se faz imprescindível o início imediato do tratamento.

Tão logo se suspeita de septicemia, os médicos introduzem antibióticos intravenosos para controlar a infecção. Medidas especiais como administração de líquidos e outros medicamentos por via intravenosa tentam elevar a pressão arterial. Se a infecção logo for controlada, a recuperação dos pacientes deverá ser completa.

Deste modo, a duração do tratamento é de, pelo menos, uma semana. No entanto, o tempo de tratamento vai depender do local onde se iniciou a infecção, da doença subjacente e da sensibilidade dos micro-organismos.

Vale lembrar que casos muito graves podem evoluir para choque séptico. Essa evolução se caracteriza por um estado de falência circulatória em que há maior foco infeccioso e no qual prevalece o domínio de substâncias tóxicas produzidas pelos microrganismos causadores da infecção.


Atenção: Esta matéria tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.


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