Cirurgia plástica: 13 coisas que você precisa saber antes de fazer a sua

Você acha que seu nariz não orna com seu rosto? Ou que suas pálpebras estão um pouco caídas? Antes de correr para a cirurgia plástica, aqui estão algumas

Redação | 5 de Junho de 2019 às 19:00

jacoblund/Istock -

Você acha que seu nariz não orna com seu rosto? Ou que suas pálpebras estão um pouco caídas? Antes de correr para a cirurgia plástica, aqui estão algumas coisas que você precisa saber.

1

Tive uma paciente que queria esticar a testa porque, segundo ela, parecia o tempo todo emburrada. Mandei-a depilar as sobrancelhas. Levou 15 minutos, ela ficou ótima e deixou de gastar 5 mil reais. Também vi pacientes que obtiveram resultado equivalente ao de plásticas de pálpebra usando loções e cremes de firmeza. O resultado é temporário, mas os produtos realmente reduzem as rugas e o inchaço.

2

Fico maluco quando os pais ligam do pronto­ socorro porque o filho sofreu um corte no rosto. O resultado não será diferente se for eu a dar os pontos, em vez do médico do pronto ­socorro. Provavelmente só vai custar mais caro. A menos que seja um ferimento grave, ninguém precisa de cirurgião plástico para cortes e arranhões.

3

Se eu investir 200 mil reais na compra de um laser, é isso que vou acabar recomendando, embora outros tratamentos sejam mais baratos. Não se esqueça de perguntar se há alternativas – que em alguns casos podem ter resultados iguais ou até melhores –, como um peeling químico, por exemplo.

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Possuímos uma arma secreta que empregamos quando tudo que foi tentado deu errado: sanguessugas. Elas restituem o fluxo sanguíneo à região em que são aplicadas e secretam uma substância anticoagulante. Assim, ajudam a salvar a mamoplastia que não deu certo ou o implante de dedo prestes a dar problema. Parece estranho, mas os cirurgiões plásticos reparadores recorrem a elas com frequência.

5

Se pálpebras caídas causam uma alteração no campo visual, os planos de saúde, geralmente, cobrem a cirurgia.

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Às vezes rimos de suas atitudes. Tive uma paciente que me mandou um e­mail perguntando se poderia voltar a cozinhar para a família. Queria ter certeza de que os implantes de mama não derreteriam. Também conheci um sujeito que me trouxe a mulher num dia e a namorada uma semana depois, para fazer a mesma cirurgia nos seios.

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Também achamos ridículas as celebridades de rosto paralisado, lábios inchados e implantes gigantescos de silicone nas mamas.

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Como escolher um cirurgião plástico? Eu procuraria um médico que dá treinamento para outros médicos.

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Quer evitar ter de vir ao meu consultório? Use protetor solar com dióxido de zinco ou titânio, óculos escuros, e não franza os olhos.

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Antes de nos condenar, lembre­-se de que a maioria de nós faz muito mais que apenas cirurgias eletivas. Corrigimos lábio leporino e fenda palatina, realizamos cirurgias delicadas em mãos e rostos, e ajudamos a reconstruir a aparência de pessoas que se queimaram, tiveram câncer ou sofreram acidentes gravíssimos.

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Podemos aplicar em nós mesmos um pouco de botox aqui e ali, mas a maioria dos cirurgiões plásticos sérios não se submete a cirurgias plásticas. Talvez por ser uma profissão egoísta: a única pessoa que eu deixaria me operar seria eu mesmo.

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Um quarto dos nossos pacientes são homens. Eles fazem lipoaspiração, aplicam botox, operam pálpebras caídas, fazem transplante de cabelo e muito mais.

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Quando leva o carro à oficina, você faz um monte de perguntas. Mas uma quantidade surpreendente de pessoas dispostas a entregar o corpo ao bisturi não pergunta nada. Nada mesmo.

POR MICHELLE CROUCH