Cuidados básicos com visitas aos recém-nascidos

Os recém-nascidos recebem a primeira vacina ainda na maternidade, e, ao longo da vida, deve seguir o Calendário Nacional de Vacinação orientado pelo MS.

Redação | 3 de Dezembro de 2018 às 16:00

mmpile/iStock -

Recém-nascidos não têm o sistema imunológico maduro, o que os torna mais suscetíveis aos agentes nocivos presentes nesse período. Eles são mais frágeis às infecções que as crianças e os adultos. Por isso, a apresentadora Sabrina Sato não está errada em proteger a pequena Zoe ao colocar limites de toques e carinhos à pequena. Não se deve beijar o rosto ou segurar as mãozinhas de um bebê, pois o risco de sermos portadores de algo que possa afetá-lo são enormes. Portanto, lavar as mãos e cobrir a roupa com uma toalhinha ao chegar da rua são atitudes recomendadas, até para os que são próximos.

O sistema imunológico do bebê começa a ganhar reforços por meio do aleitamento materno. Mas para os que não podem ser alimentados no peito existem fórmulas de leites especiais para cada etapa da vida da criança.

Contudo, a vacinação orientada pelo Ministério da Saúde (MS) deve ser cumprida ao longo da vida. Com respaldo técnico de equipes especializadas, o MS e a Organização Mundial de Saúde (OMS) garantem que as vacinas aprovadas pelos órgãos de saúde são seguras, sendo que seu resultado não se resume a evitar doenças. De fato, vacinas também salvam vidas.

O bebê recebe a primeira vacina ainda na maternidade. Foto: comzeal/iStock.

De acordo com a orientação do MS: “Não dê ouvidos às notícias falsas e dê as vacinas recomendadas para seus filhos. Não vamos deixar que doenças já erradicadas no Brasil voltem a assombrar as nossas crianças!”, adverte o ministério. “Eventuais reações, como febre e dor local, podem ocorrer após a aplicação de uma vacina, mas os benefícios da imunização de longo prazo são maiores do que os riscos dessas reações temporárias.”
Mantenham o cartão de vacinação atualizado, seguindo o calendário de acordo com a data de nascimento da criança!

Calendário Nacional de Vacinação para o primeiro ano de vida:

Ao nascer

BCG (Bacilo Calmette-Guerin) – (previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea) – dose única
Hepatite B – dose única

2 meses

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB) – 1ª dose

Vacina Inativada Poliomielite (VIP) (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 1ª dose

Pneumocócica 10 Valente(previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 1ª dose

Rotavírus (previne diarreia por rotavírus) – 1ª dose

3 meses

Meningocócica C (previne a doença meningocócica C) – 1ª dose

4 meses

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por Haemophilus influenzae tipo B) – 2ª dose

Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – (previne a poliomielite ou paralisia infantil) – 2ª dose

Pneumocócica 10 Valente(previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – 2ª dose

Rotavírus (previne diarreia por rotavírus) – 2ª dose

5 meses

Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – 2ª dose

6 meses

Pentavalente (previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB) – 3ª dose

Vacina Inativada Poliomielite (VIP) – (previne poliomielite ou paralisia infantil) – 3ª dose

9 meses

Febre Amarela – dose única (previne a febre amarela)

12 meses

Tríplice viral (previne sarampo, caxumba e rubéola) – 1ª dose

Pneumocócica 10 Valente(previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo Pneumococo) – Reforço

Meningocócica C (previne doença meningocócica C) – Reforço

Fonte: Ministério da Saúde

Consulte o site do ministério para tirar qualquer dúvida e consultar o calendário completo.

Vacinas são seguras

Não se engane com falsas informações. Então, esclareça suas dúvidas somente com o Ministério da Saúde ou outros órgãos oficiais.

Não use as redes sociais para compartilhar qualquer boato que possa trazer prejuízos irreversíveis à saúde de todos, como por exemplo:


Vacinas causam autismo – FAKE

O QUE DIZ O MS

Não, vacinas não causam autismo. Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e o autismo, foi posteriormente considerado seriamente falho e o artigo foi retirado pela revista que o publicou.


Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem – vacinas não são necessárias – FAKE

O QUE DIZ O MS

As vacinas são necessárias, assim como a higiene e o saneamento. Pois, as doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos.


As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar

O QUE DIZ O MS

Não se pode relaxar em relação à vacinação. Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e certamente infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido). Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta.


Diga ‘não’ às fake news sobre vacinas!


No Brasil, as vacinas são avaliadas e aprovadas por institutos reguladores muito rígidos e independentes, e cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, garantir a segurança de que a vacina passou antes por diversas fases de avaliação. Portanto, desde os primeiros processos de desenvolvimento até a produção e a fase final, que é a aplicação na população. Além disso, mesmo as vacinas licenciadas continuam passando por monitoramento da segurança do produto.

Saiba mais sobre os problemas causados pelos grupos antivacinas aqui.

Após alguns meses, com as vacinas em dia, um bom programa para mamãe e bebê é o Cinematerna. Veja aqui.