5 coisas que toda mulher deveria saber sobre doenças cardíacas

Embora seja verdade que as mulheres não são tão afetadas quanto os homens, as doenças cardíacas não são exclusividade masculina. O curioso é o fato de a

Julia Monsores | 7 de Junho de 2020 às 14:00

Peera_Sathawirawong/iStock -

Embora seja verdade que as mulheres não são tão afetadas quanto os homens, as doenças cardíacas não são exclusividade masculina. O curioso é o fato de a maioria das mulheres se preocupar mais com o câncer de mama do que com as doenças cardíacas, embora estas causem quatro vezes mais mortes.

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No passado, muitos médicos não acreditavam que as mulheres pudessem desenvolver doenças cardíacas, e assim, menosprezavam os riscos e até mesmo faziam diagnósticos errados.

Os mitos da exclusividade masculina nas doenças cardíacas

Dois mitos populares persistem até hoje: apenas homens sofrem de doenças cardíacas e as mulheres só correm risco quando são idosas. A verdade é que, enquanto caem entre homens, as taxas de infarto do miocárdio entre mulheres formam uma curva ascendente.

A taxa de mortalidade provocada por doenças do coração vem caindo em ambos os grupos, porém o declínio é mais lento entre as mulheres.

As mulheres correspondem a apenas 25% dos participantes em todos os estudos e pesquisas relacionados ao coração, o que deixa os médicos sem os dados de que precisam para reconhecer os sintomas e tratar o público feminino. Nas palavras de uma paciente:

“Em toda a minha vida, nenhum médico me falou sobre problemas cardíacos, apesar de saberem que meu pai e três tios morreram disso. Então, aos 48 anos, tive o meu. Acho que eles pensavam que doença cardíaca era coisa de homem.”

Eis o que você precisa saber sobre doença cardíaca em mulheres:

1. As mulheres minimizam a importância de seus próprios riscos

Pesquisas recentes constataram que apenas uma em quatro mulheres reconhece que as doenças cardíacas são a principal ameaça a sua expectativa de vida, enquanto 40% acreditam que é o câncer a principal.

Essa visão é mais difundida entre as jovens: apenas uma em dez jovens entre 16 e 24 anos tem medo de doenças cardíacas, enquanto quase a metade teme o câncer de pulmão e o de mama.

Esses estudos também destacaram a falta de conhecimento das mulheres sobre os principais fatores de risco de desenvolver doenças cardíacas. Apenas 8% citaram os níveis altos de colesterol; 5% a pressão alta; e 12% o histórico familiar como fatores que levam ao desenvolvimento da doença.

2. A taxa de mortalidade após o infarto é maior

Entre as mulheres, 38% morrem dentro de um ano após o primeiro infarto do miocárdio, contra 25% entre os homens. Apesar disso, só 40% das mulheres com angina ou que foram vítimas de infarto do miocárdio tomam aspirina e apenas 25% consomem estatinas.

3. A influência da menopausa

A menopausa é um momento de definição para a saúde cardíaca das mulheres. Antes dessa fase, os níveis elevados de estrogênio protegem o coração feminino. Após a menopausa, elas têm níveis mais altos de colesterol, que podem elevar o risco de doenças cardíacas, em especial se os triglicerídeos também estão altos.

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Mulheres com altos níveis de triglicerídeos (acima de 150 mg/dl) e baixos de HDL, o colesterol “bom”, (abaixo de 50 mg/dl) apresentam maiores riscos de desenvolver doenças cardíacas do que homens com taxas iguais.

4. Causas diferentes

As causas de doenças cardíacas são diferentes para mulheres. Por exemplo, o diabetes do tipo 2 eleva mais o risco de doenças cardíacas nelas do que nos homens. Já as fumantes têm o dobro de chance de sofrer infartos do miocárdio do que os fumantes. Além disso, estudos comprovam que a depressão também é um fator de risco cardíaco mais forte nas mulheres.

5. Fatores de risco para doenças cardíacas em mulheres

As mulheres têm fatores de risco que os homens não têm. O uso de pílulas anticoncepcionais é um exemplo: a pressão alta é duas a três vezes mais comum entre mulheres que usam contraceptivos orais – em especial naquelas que estão acima do peso.

Da mesma forma, mulheres cuja pressão arterial sobe durante a gravidez, retornando ao normal depois do parto, são mais propensas à hipertensão futuramente.