Melatonina: saiba tudo sobre o hormônio do sono

Identificado pela primeira vez em 1958, esse hormônio de ocorrência natural é produzido pela glândula pineal. Essa glândula, que tem o formato de uma

Redação | 4 de Dezembro de 2018 às 18:02

undrey/iStock -

Identificado pela primeira vez em 1958, esse hormônio de ocorrência natural é produzido pela glândula pineal. Essa glândula, que tem o formato de uma pera, está localizada no interior do cérebro. Todos os seres humanos e a maioria dos animais secretam melatonina durante a vida, com os níveis mais elevados durante a infância. Contudo, à medida que envelhecemos, a produção diminui. Por isso, alguns pesquisadores teorizam que a suplementação de melatonina pode ser benéfica na velhice.

Curiosamente, os níveis naturais desse hormônio variam bastante. Cerca de 1% da população apresenta níveis muito pequenos, enquanto outro 1% apresenta níveis 500 vezes acima do normal. Entretanto, não há correlação entre as quantidades e os aspectos específicos com relação à saúde ou aos padrões de sono.

Funções da melatonina

Uma das funções principais da melatonina é regular os ciclos do sono e vigília. Para tanto, ela ajuda a estabelecer um relógio cerebral interno, criando o que chamamos de ritmo circadiano. Ou seja, os biorritmos diários do corpo que governam tudo, do momento de dormir e acordar até as funções digestivas e a liberação de uma variedade de hormônios ligados à reprodução e a outros processos corporais.

Para produzir melatonina, o corpo responde à claridade do dia, produzindo mais à noite e menos durante o dia. Portanto, a produção começa por volta do entardecer e chega ao seu máximo entre 2 e 4 horas da manhã. Essa liberação cíclica de melatonina é o que diz ao corpo quando dormir e quando ficar acordado.

Principais benefícios

A melatonina pode ser mais eficaz como um auxiliar para o sono. Vários estudos realizados em adultos jovens e idosos indicam que, em algumas pessoas, a melatonina diminui o tempo necessário que se leva para pegar no sono. Além disso, melhora a qualidade do sono ao diminuir o número do vezes que se desperta durante a noite. Ela também pode ser benéfica quando uma dor crônica ou um estresse causam insônia.

Para combater a insônia, tome os suplementos toda noite à mesma hora. Comece com a dose mais baixa (1 mg), aumentando-a depois se necessário.

Ela também pode ajudar a restaurar os padrões de sono normais em pessoas que trabalham em horários noturnos ou naqueles que sofrem jet lag – uma desorientação provocada por viagens de avião que cruzam regiões com diferentes fusos horários. Além do mais, atua sem produzir os efeitos viciantes dos medicamentos convencionais para dormir. Existem também outras maneiras simples de diminuir a insônia e induzir o corpo ao sono, veja aqui.

Efeitos colaterais possíveis

Não foram relatados riscos sérios associados ao uso da melatonina. Para a maioria das pessoas, ela causa sonolência 30 minutos após sua ingestão. Porém, esse efeito pode durar por muitas horas, de modo que você não deve dirigir ou trabalhar com máquinas pesadas durante esse tempo. Outros efeitos colaterais podem incluir dor de cabeça, desconforto gastrointestinal, letargia ou desorientação.

Antes de tomar suplementos de melatonina, lembre-se: se você tem algum problema de saúde, físico ou psiquiátrico, converse com seu médico antes de tomar suplementos. Interações medicamentosas adversas foram relatadas em pessoas que tomam antidepressivos comuns, esteroides ou sedativos. Caso você não possa tomar melatonina, tente o chá de valeriana; um ótimo calmante natural.