Novidades no combate ao Aedes aegypti e outras notícias da medicina

As pesquisas científicas avançam constantemente ao redor do mundo. Todos os dias são feitas novas descobertas que podem mudar a sua vida.

Douglas Ferreira | 26 de Novembro de 2019 às 14:42

frank600/iStock -

As pesquisas científicas avançam constantemente ao redor do mundo. Todos os dias são feitas novas descobertas que podem mudar a sua vida. Abaixo você confere algumas das descobertas mais recentes:

Para acabar com doenças infecciosas transmitidas por mosquitos

Embora a maioria dos mosquitos não transmita doenças, os três tipos mais letais (Aedes, Anopheles e Culex) existem em quase todos os continentes e são responsáveis pela transmissão de cerca de 17% das doenças infecciosas do mundo inteiro, de acordo com a Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Comunidade Britânica. Numa experiência com consequências globais, cientistas liberaram mais de 3 milhões de machos estéreis de mosquitos Aedes aegypti em três cidades tropicais do norte da Austrália. Os machos estéreis cruzaram com fêmeas selvagens, e finalmente foram eliminados 80% da população inteira.

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Dormir tarde e risco de diabetes

Numa revisão de 17 estudos com dados de mais de 465 mil pessoas, pesquisadores descobriram que quem dorme tarde corre mais risco de ter doença cardíaca e diabetes tipo 2 do que quem acorda cedo. Por quê? Os indivíduos que se deitavam mais tarde tendiam a consumir mais álcool, açúcar e cafeína. Além disso, comer mais tarde faz a glicemia sofrer um pico à noite, o que pode causar impacto sobre o metabolismo natural do corpo.

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Ar limpo faz bem ao coração

Dentro de praticamente todas as casas, o ar contém pelo menos um pouco de particulados finos. Vindas de fontes como mofo, lareiras ou fumaça da cozinha, essas partículas microscópicas aumentam o risco de problemas respiratórios e cardiovasculares, principalmente em idosos. Num estudo feito com idosos em Detroit e publicado na revista JAMA Internal Medicine, ligar um purificador de ar dentro de casa, além de reduzir cerca de 30% a 50% a exposição dos participantes às partículas nocivas, dependendo do filtro, também baixou a pressão sistólica numa média modesta mas significativa de 3,2mmHg.

Trabalhar em pé

O que se ganha com uma escrivaninha que permita trabalhar em pé ou sentado? Uma revisão publicada na revista Applied Ergonomics examinou 53 estudos sobre o tema para responder a essa pergunta. Às vezes, essas estações de trabalho são promovidas para combater a obesidade, mas não houve resultados significativos que apoiassem tal afirmativa. Faz sentido, porque ficar simplesmente em pé não queima muitas calorias. No entanto, alguns participantes do estudo obtiveram outras vantagens, como redução da dor lombar, pequena melhora da pressão arterial e menos fadiga. Provavelmente, esses benefícios dependem do tempo passado em cada posição e da frequência da troca. “Ainda não sabemos como usar direito essa ferramenta”, explicou a Dra. April Chambers, principal autora do estudo. “Assim que soubermos, acho que poderemos aproveitá-la melhor.”

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Como descobrir remédios falsos

Engenheiros do campus de Riverside da Universidade da Califórnia construíram um sensor incomum capaz de distinguir remédios reais e falsificados (pelo menos em forma líquida). O aparelho, inspirado na tradicional kalimba africana, se baseia numa premissa básica: recipientes de metal com líquidos de densidade diferente produzirão sons diferentes quando percutidos. Nesse caso, os pesquisadores encheram tubos de metal com glicerol (xarope usado em remédios para gripes e resfriados) e dietilenoglicol (líquido transparente comumente empregado na falsificação de remédios). Uma batidinha em cada tubo criou notas reveladoras.

Novo exame de sangue para melanoma

O melanoma é o câncer de pele mais letal, responsável por mais de 7.200 mortes por ano. O diagnóstico precoce é fundamental para melhorar a taxa de sobrevivência, mas muita gente deixa de examinar regularmente a pele e não vai ao médico para isso. Agora os pesquisadores desenvolveram um exame de sangue que revela o melanoma em estágio inicial. Num estudo com 245 pessoas, o novo teste identificou os portadores de melanoma com exatidão de 79% e os que não tinham câncer com exatidão de 84%. No mundo inteiro, vários grupos estão trabalhando para desenvolver exames de sangue que revelem vários cânceres. Se, e quando, for aprovado, o exame de melanoma será um dos primeiros e poderá eliminar a necessidade de uma ida ao dermatologista para diagnosticar a doença.