8 riscos à saúde surpreendentes na pós-menopausa

Ossos frágeis e câncer de mama não são as únicas preocupações das mulheres, a pós-menopausa também é uma grande preocupação.

Julia Monsores | 10 de Setembro de 2019 às 16:00

- Imagem: Nebasin / iStock

A pós-menopausa pode ser bem complicada para algumas mulheres. A mudança no nível de hormônios pode trazer alguns riscos à saúde. Confira abaixo os 8 principais riscos à saúde feminina na pós-menopausa.

1. Gengivite

Com o declínio do nível de estrogênio, as mulheres ficam mais suscetíveis à perda dos dentes e à doença periodontal. Além disso, “algumas mulheres na pós-menopausa notam a boca seca ou dor e ardência nas gengivas, além de alterações do paladar com alimentos salgados, apimentados ou ácidos”, diz a Dra. JoAnn V. Pinkerton, diretora executiva da Sociedade Americana de Menopausa. Veja aqui 10 estratégias que ajudam a prevenir a gengivite.

2. Apneia do sono

O risco de desenvolver apneia do sono aumenta com a menopausa, provavelmente pela queda da progesterona, que estimula a respiração. Mas em quase 90% das mulheres afetadas a doença não é diagnosticada, segundo a Dra. Pinkerton, porque, em vez dos sintomas comuns nesse transtorno do sono – roncos, pausas na respiração, sonolência durante o dia –, as mulheres podem ter insônia, dor de cabeça pela manhã e ansiedade. Saiba como identificar e tratar a apneia do sono.

3. Diabetes

Quem passa pela menopausa antes dos 46 anos ou depois dos 55 tem mais probabilidade de apresentar diabetes tipo 2, segundo a Iniciativa de Saúde da Mulher, dos EUA. O nível baixo de estrogênio, que aumenta a resistência à insulina e estimula a vontade de comer, tem seu papel. Pressão alta, síndrome do ovário policístico ou ocorrência de diabetes gestacional eleva o risco ainda mais. 

4. Cardiopatia

O estrogênio que os ovários produzem antes da menopausa aumenta o colesterol HDL (bom), diminui o LDL (ruim) e ajuda a prevenir a pressão alta. Assim, faz sentido que a redução do estrogênio eleve o risco de cardiopatia. Uma em oito mulheres entre 45 e 64 anos – e uma em quatro acima dos 65 – tem alguma forma de doença cardíaca. Não fumar, comer principalmente alimentos vegetais e se exercitar pelo menos meia hora por dia são ótimas medidas preventivas.

5. Transtornos alimentares

Um estudo publicado na revista International Journal of Eating Disorders constatou que há uma ligação entre a transição da menopausa (com sua flutuação hormonal e mudanças na composição do corpo) e o aumento dos transtornos alimentares e da imagem negativa do corpo.

 

6. Transtornos autoimunes

Embora não se saiba a razão, os pesquisadores verificaram que o risco de desenvolver doenças autoimunes – como lúpus, artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto – aumenta depois da menopausa. “As mulheres têm dois cromossomos X, e seus defeitos podem tornar algumas mulheres mais suscetíveis a desenvolver transtornos autoimunes”, explica a Dra. Pinkerton. 

7. Problemas urinários

A incontinência urinária é comum após a menopausa, provavelmente por causa do afinamento da uretra (decorrente da redução do estrogênio) e do enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico, diz a Dra. Pinkerton. Também há tendência a infecções do trato urinário (o estrogênio ajuda a afastar bactérias prejudiciais). Passos preventivos: pratique os exercícios de Kegel, beba bastante líquido e vá ao banheiro antes e depois do sexo. 

8. Doença hepática

Os efeitos prejudiciais do álcool, das infecções e do excesso de gordura sobrecarregam o fígado com a idade, diz a Dra. Pinkerton. Além disso, pessoas nascidas entre 1945 e 1965 têm probabilidade cinco vezes maior de ter hepatite C. O Centro de Controle de Doenças dos EUA recomenda que os indivíduos dessa faixa etária façam exames para descobrir se têm a doença. 

Por Susan Jara