O meia Thiago Galhardo, do Ceará, acusou torcedores do Santos de racismo na partida realizada na noite desta quinta-feira (17), na Vila Belmiro.
O meia Thiago Galhardo, do Ceará, acusou torcedores do Santos de racismo na partida realizada na noite desta quinta-feira (17), na Vila Belmiro, pelo Campeonato Brasileiro.
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“Ato [de] racismo” foi a expressão usada pelo atleta para descrever os xingamentos que ele relatou ter ouvido no estádio em Santos.
“Acho que eles vêm ver o espetáculo, um espetáculo bonito, parabéns pela vitória do Santos… Mas o cara querer menosprezar o Fabinho, menosprezar a mim, fazer ato [de] racismo para ele, chamar de negão, vagabundo…”, disse o jogador de 30 anos, ainda na saída do campo, em entrevista ao Esporte Interativo.
Durante a partida, vencida por 2 a 1 pelos donos da casa, Galhardo chegou a discutir com torcedores, que ficam bem perto do gramado na Vila Belmiro. De acordo com ele, houve também insultos xenofóbicos aos atletas da equipe nordestina.
“O futebol perde sua essência. O brasileiro tem que se controlar mais. Não pode ter isso aí: o cara beber, xingar a gente… Acho que ele tinha que estudar mais, conhecer um pouco mais o Brasil, a geografia. Falar que o Ceará joga no Norte… Ou não entendo muito ou acho que estudei de sacanagem”, afirmou o mineiro de São João del-Rei.
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Não houve registro sobre o assunto na súmula da partida, publicada ainda na noite de quarta. O Ceará informou que levará a questão a seu departamento jurídico.
Santos se posiciona sobre episódio
O Santos publicou comunicado oficial nesta sexta-feira (18) afirmando que irá investigar as ofensas racistas e xenofóbicas por parte de torcedores santistas relatadas pelo meia Thiago Galhardo, do Ceará, ao final do confronto entre ambas equipes na Vila Belmiro na noite anterior.
“Qualquer ato de preconceito e xenofobia é absolutamente repugnante e inaceitável. Diante dos relatos passados por alguns veículos de comunicação, o Clube está investigando e irá tomar as providências cabíveis frente a quaisquer casos dessa natureza”, disse o Santos, em nota.
Já o Ceará havia informado que levaria a questão a seu departamento jurídico.
Na quinta-feira (17), ao deixar o gramado, derrotado por 2 a 1, Galhardo relatou, em entrevista ao canal Esporte Interativo, ofensas vindas de torcedores próximos ao banco de reservas do Ceará, algumas delas direcionadas ao volante Fabinho, que é negro.
“Eles [torcedores] vêm ver o espetáculo, um espetáculo bonito, parabéns pela vitória do Santos, mas o cara querer menosprezar o Fabinho, menosprezar a mim, fazer ato [de] racismo para ele, chamar de ‘negão’, de vagabundo… O futebol perde sua essência”, disse o jogador, que indicou ainda ofensas xenofóbicas.
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“Acho que não pode ter isso aí: o cara beber e ficar ali, ao meu ver, embriagado, xingando a gente. Acho que ele tinha que estudar um pouco mais, conhecer um pouco mais da geografia do Brasil. Falar que o Ceará joga no Norte… Ou eu que não entendo muito, acho que estudei de sacanagem.”
O ocorrido não foi relatado pelo árbitro principal da partida, Rafael Traci, de Santa Catarina, na súmula.
Folhapress