Má postura, hérnia ou mesmo um estilo de vida sedentário são características comuns às pessoas que padecem de lombalgia. Entenda melhor essa questão!
Redação | 17 de Dezembro de 2019 às 16:00
Na maioria dos casos, este é um problema transitório que passará em alguns dias. Essa dor temporária na região lombar costuma resultar do excesso de esforço exercido sobre um músculo ou ligamento. Mas, às vezes, pode resultar de um mal subjacente mais sério, como o prolapso (deslocamento) de disco intervertebral ou lesão numa vértebra.
Má postura ou estilo de vida sedentário são características comuns às pessoas que padecem de dor na região lombar. Movimentos abruptos, mesmo que pequenos, podem provocar distensão de músculos e ligamentos. Levantar objetos pesados de maneira incorreta e exercitar-se sem aquecimento prévio também são causas comuns.
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Mulheres grávidas também tendem a ter dor na região lombar – o peso do bebê e as consequentes alterações posturais podem exercer um esforço considerável sobre os músculos e ligamentos das costas. Para maiores detalhes.
O prolapso de disco intervertebral pode provocar dor na região lombar: essa dor em geral manifesta-se de repente e com grande intensidade. Doenças crônicas, como a osteoartrite, também podem causar dor. Entre as causas menos comuns encontra-se a espondilite anquilosante. Ocasionalmente, a causa são tumores ósseos secundários que se espalharam a partir de um tumor primário situado em outra parte do corpo.
A natureza da dor na região lombar varia de acordo com a pessoa e a causa. Pode vir de repente, como costuma ocorrer nas luxações musculares, ou gradualmente, como tende a ser na gravidez. Pode restringir-se à área em torno da coluna ou irradiar-se pelas costas. Os músculos da área afetada podem sofrer espasmos e as costas podem tornar-se rígidas e com restrição de movimentos. A lombalgia pode estender-se para baixo, para uma ou ambas as pernas, numa patologia conhecida como dor ciática.
O prolapso de disco intervertebral pode pressionar os nervos que emanam da medula espinhal, causando dor, formigamento, torpor e fraqueza nas pernas. Ocasionalmente, afeta o controle da bexiga e dos intestinos. Esses tipos de sintomas neurológicos exigem tratamento médico de urgência.
As luxações dos músculos e ligamentos são em geral diagnosticadas com base na descrição de sintomas e no exame clínico. O médico pode solicitar uma radiografia para verificar a posição das vértebras, embora os problemas que afetam os tecidos moles, como músculos e ligamentos, não apareçam com clareza nesse tipo de exame. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética podem revelar prolapso de disco, entre outras causas possíveis, além de permitir avaliar a pressão exercida sobre os nervos.
Em geral, deve-se evitar o repouso absoluto, a menos que a dor seja muito forte e, mesmo assim, este não deve ultrapassar 48 horas. É importante retornar às atividades normais para que as costas não enrijeçam nem os músculos enfraqueçam. Na maioria dos casos, deve-se ter por objetivo a volta ao trabalho o mais rápido possível. A fisioterapia ajuda, especialmente na fase aguda. O fisioterapeuta pode recomendar exercícios para aliviar a dor, fortalecer as costas e melhorar a flexibilidade. A manipulação ou massagem também podem ser úteis para aliviar a dor nas costas.
Os analgésicos e os anti-inflamatórios não-esteróides podem proporcionar certo alívio. Uma almofada elétrica para aquecimento ou um saco de água quente aplicados na área afetada também aliviam os sintomas. Além dos exercícios específicos para as costas, também se recomenda atividade física para promover a saúde e o bem-estar. Alguns exercícios são particularmente benéficos para costas problemáticas: a natação retira o peso das articulações e evita o desconforto; as bolas de exercícios ajudam a fortalecer os principais músculos que sustentam a parte inferior das costas; tai chi chuan, ioga e pilates melhoram a postura e a flexibilidade. É importante alertar os instrutores sobre quaisquer problemas nas costas para que eles possam elaborar um programa de exercícios adequado.
Se a dor nas costas for intensa, persistir por mais de dois dias ou se houver sinais de pressão sobre os nervos, procure logo aconselhamento médico.
Na maioria dos casos, a lombalgia é temporária. No entanto cada episódio de dor nas costas aumenta o risco de repetição e os episódios subsequentes podem ser mais graves e prolongados. As pessoas particularmente sujeitas a ter problemas devem tomar cuidados especiais com as costas, mantendo uma postura adequada, aprendendo técnicas apropriadas de levantamento de pesos e praticando exercícios com regularidade. Algumas pessoas percebem que a dor persiste e que se torna um problema constante na vida diária. Nesses casos, pode ser necessário elaborar um programa para ajudá-las a lidar com a dor e descobrir meios de viver aproveitando ao máximo a amplitude de seus movimentos.