Colesterol LDL: quanto menor, melhor
Confira os perigos que um alto nível de colesterol LDL no sangue pode ocasionar.


Os LDLs foram feitos para navegar na corrente sanguínea, distribuindo colesterol liquefeito para as células. O problema aparece quando há um excesso de colesterol LDL no sangue. E um depósito se forma no finíssimo revestimento interno das artérias, constituindo as bases das placas arteriais.
Com o passar do tempo, essas placas – uma mistura de gordura, colesterol, cálcio e outros resíduos celulares – podem estreitar as artérias coronárias reduzindo o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. Novas pesquisas também sugerem que um tipo de LDL – pequeno e denso – é particularmente letal. Essas partículas, armazenadas de forma compactada, são danificadas com facilidade por radicais livres na corrente sanguínea (os radicais livres são moléculas muito ativas que podem proliferar e causar sérios danos).
Estas minúsculas partículas de LDL são capazes, então, de penetrar nas paredes das artérias, preparando a cena para a formação da placa característica da aterosclerose. Assim, níveis elevados de colesterol LDL no sangue aumentam o risco de aterosclerose; níveis baixos o reduzem. Para cada queda de um ponto de LDL, há uma redução de 2% no risco cardíaco. LDLs e HDLs são medidos de acordo com a quantidade por volume de sangue expressa em miligramas por decilitro.
Quantidade ideal de colesterol LDL
Mas qual é a faixa de segurança? As pesquisas indicam que, quanto mais baixo os níveis de colesterol LDL, menor o risco de doenças cardíacas. Em um estudo polêmico publicado em março de 2004 no Journal of the American Medical Association, pesquisadores descobriram que altas doses de medicamentos para a redução do colesterol (estatinas) que visavam o LDL impediam a progressão de doenças cardíacas e reduziam as taxas de mortalidade em 28%.
Contudo, não existe remédio sem efeitos colaterais, e estes podem ser maiores do que os benefícios do tratamento com estatinas. Por enquanto, a alimentação já pode ajudar a baixar os níveis de colesterol e, ainda que não exista uma dieta só para combater o LDL, opte por comer menos gordura saturada, tornar-se mais ativo e controlar riscos cardíacos recém-descobertos – como inflamações crônicas, resistência à insulina e oxidação – que aumentam o potencial mortal do colesterol LDL.