10 coisas que você precisa saber sobre pílulas anticoncepcionais

Apesar de ser um dos métodos contraceptivos mais comuns, muitas mulheres ainda têm dúvidas a respeito do uso de pílulas anticoncepcionais.

Julia Monsores | 3 de Agosto de 2020 às 10:00

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Mesmo sendo um dos métodos contraceptivos mais comuns, muitas mulheres ainda têm dúvidas a respeito do uso de pílulas anticoncepcionais. Por isso, separamos algumas questões sobre o uso delas.

1. Como as pílulas funcionam?

As pílulas anticoncepcionais são comprimidos que possuem em sua composição uma combinação hormonal, geralmente estrogênio e progesterona, que agem inibindo a ovulação.

Dessa forma, impede que ocorra a fecundação. Isto é, o encontro do óvulo com o espermatozoide no ato sexual. E assim, inibem a gravidez.

2. Para que serve a pílula anticoncepcional?

A pílula anticoncepcional é um dos métodos contraceptivos disponíveis para quem deseja inibir uma gravidez indesejada.

Além disso, com recomendação médica ela também pode ser utilizada no tratamento de algumas doenças e complicações, tais como:

3. Precisa de receita para comprar a pílula?

Não é necessário receita médica para comprar pílula anticoncepcional. Porém, antes de iniciar o seu tratamento é recomendável que você converse com seu ginecologista.

Ele lhe recomendará o melhor tipo de pílula anticoncepcional, considerando seu histórico de saúde, além de pedir exames e passar orientações importantes sobre seu uso.

Além disso, caso você sinta algum desconforto ao tomar a pílula, o médico também poderá pedir que você troque a medicação.

4. Como tomar anticoncepcionais?

Como há diversos tipos de pílulas, há também diversas formas de tomá-las.

A maior parte das pílulas disponíveis no mercado vem em cartelas com 21 comprimidos (como a Yasmin, Selene e Diane 35). Para o uso dessas, você deve iniciar o tratamento no primeiro dia de sua menstruação, e continuar tomando até que acabe os comprimidos. 

Em seguida, espere 7 dias e recomece com outra cartela. 

Para anticoncepcionais com 24 comprimidos (Mínima, Mirelle, Yaz, Siblima, Iumi), você deve iniciar no primeiro dia da menstruação. Após 24 dias, espere mais 4 e reinicie o tratamento.

Já quem não quer interromper o uso, há também a opção de comprimidos para 28 dias (Adoless, Gestinol, Micronor, Elani 28 e Cerazette). Nesse caso, a mulher deve emendar as cartelas.

5. E se eu esquecer de tomar as pílulas anticoncepcionais? 

A recomendação para toda mulher que faz uso de pílulas anticoncepcionais é tomá-los todos dias, sempre no mesmo horário. Então, se você prefere tomar de manhã, às 10h, sempre tome neste mesmo horário.

Caso você tenha esquecido de tomar, e tenha decorrido menos de 12 horas, não tem problema. Tome-a normalmente, pois a pílula continuará surtindo efeito.

Porém, caso já tenha decorrido mais de 12 horas, é necessário verificar a bula com informações sobre sua pílula. Mas, no dia seguinte, tome a pílula normalmente. E caso tenha relações sexuais, não abra mão do uso da camisinha.

O mais seguro é evitar esquecimentos. Por isso, programe seu despertador para te ajudar a lembrar.

6. Quais são os efeitos colaterais das pílulas anticoncepcionais?

Como existem diversos tipos de pílulas, os efeitos colaterais variam de pessoa para pessoa. Por isso, torna-se ainda mais necessário que você se consulte com seu médico antes de iniciar o tratamento, de modo que ele possa te recomendar a melhor opção.

De forma geral, algumas pessoas relatam aumento de enxaquecas, maiores riscos de doenças cardiovasculares e problemas vasculares, como trombose venosa. 

7. Caso falhe, há risco para o feto?

Caso a mulher suspeite que esteja grávida, o recomendado é que ela realize um teste de gravidez e interrompa o uso da pílula anticoncepcional. Porém, se a mulher tomou a pílula nas primeiras semanas de gestação, não há problema, pois a pílula não causa malformação congênita ou prejudica o feto.

8. As pílulas anticoncepcionais podem causar infertilidade?

Independente do tempo de uso, não é verdade que os anticoncepcionais provocam infertilidade. O que acontece é que após a interrupção do uso da pílula é necessário que se espere cerca de seis meses para que o corpo consiga livrar-se dos resquícios dos hormônios sintéticos.

E assim seja possível que a mulher, saudável, consiga ter sua gestação natural.

Leia também: Entenda o que é infertilidade e conheça os principais tratamentos

9. A pílula do dia seguinte é abortiva?

A pílula do dia seguinte é uma opção emergencial para mulheres que praticaram sexo desprotegido. Ela possui até 20 vezes mais hormônios do que as pílulas anticoncepcionais, por isso não deve ser utilizada diariamente, apenas em raras exceções.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre suas possíveis propriedades abortivas. Entretanto, a pílula do dia seguinte funciona dificultando a fecundação do óvulo – ao alterar o PH do útero e tornar o muco cervical mais espesso.

Dessa forma, parte da comunidade médica alega que ela não provoca aborto, pois se o espermatozoide já tiver fecundado o óvulo, ela não terá efeito.

Para que a pílula do dia seguinte funcione ela deve ser ingerida em até 72 horas após a relação sexual. Caso contrário, não surtirá efeito.

10. As pílulas anticoncepcionais podem causar gravidez ectópica?

gravidez ectópica ocorre quando o embrião é formado fora do útero (geralmente na tuba uterina). Toda mulher pode vir a desenvolvê-la, mas alguns fatores contribuem para sua ocorrência.

São eles:

Assim, o uso de pílulas anticoncepcionais não apresenta-se como um fator de risco para gravidez ectópica. Porém, embora ainda não tenha sido comprovado cientificamente, muitas mulheres relatam a ocorrência de gravidez ectópica por meio do uso de pílulas do dia seguinte.

Isso ocorre porque a pílula do dia seguinte promove a descamação do endométrio. E assim, o embrião, tendo sua fecundação impedida nesse órgão, encontra outro local para se alojar.

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